terça-feira, 18 de outubro de 2011
Um belo poema que desejo compartilhar
Acredito no sopro que me faz melodia
e no toque harmonia nas cordas da alma!
No golpe em cadência, no ritmo vida,
no silêncio cantiga que nem sempre traz calma!
Acredito ser música e assim me encontro:
ecoando UNI verso no tempo sem fim.
Enquanto me escuto e descubro compassos
me aproximo do Artista que me faz ser assim:
Deus em Mim!
Allan Filho
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
A face masculina de Deus: a transcendência e o vazio
“Quem é meu pai? Qual a fonte de minha existência? Quais são minhas raízes? Quem é o princípio dos mundos, a origem das coisas? Qual a origem do Ser que me faz ser?” (1)
Todas estas questões nos remetem a Deus. Mas qual Deus?
Aqui se trata do Deus de Jesus, do “Nosso Pai”.
E para fazermos esta relação de filiação é necessário antes passarmos pela experiência do vazio, viver o deserto dos questionamentos, termos nossas questões mais vivas e candentes não respondidas, e nossos desejos frustrados, portanto. Este Pai é aquele que não pode ser redutível àquilo que posso sentir, amar e pensar. Ele é o totalmente “Outro”. Ele não é feito a minha imagem e semelhança. Ele é exatamente o que me diferencia e me dá um nome.
Então a partir disso, podemos estabelecer uma relação com esta Fonte Criadora. Ela me tira do pó e me eleva sobre o terreno para caminhar e me faz lembrar que se nossos pés estão enraizados na terra, nossas cabeças tocam o céu.
Deus não é uma coisa. Ele é um nada. Estando em todo lugar, está em lugar algum.
Ninguém o possui. Tanto melhor que assim seja.
Daniel M. Oliveira
(1) Ver Leloup, J.-Y. 2008. Deus não existe! (...eu rezo para ele todos os dias). Editora Vozes.
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